Open House Porto

3 LIPOR II Maia Infraestruturas 1950-2000 Grupo 3 Arquitectos Associados e TECNOPOR 1992 / 1999 Sáb 10h, 11h30, 14h30 e 16h, Miguel Silva (Técnico LIPOR) / Obrigatório o uso de calçado apropriado (fechado) / Obrigatório o uso de EPI, a fornecer pela organização. reservas marcação pré-marcação Situada em Moreira da Maia, a LIPOR II é uma infraestrutura essencial na gestão sustentável de resíduos urbanos na Área Metropolitana do Porto. Inaugurada em 2000, serve oito municípios — Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde. O complexo integra duas unidades principais: a Central de Valorização Energética e o aterro Sanitário, que dispõe de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de tratamento terciário (ultrafiltração e osmose inversa). A Central trata cerca de 1.100 toneladas diárias de resíduos não recicláveis, transformando-os em energia elétrica. Com duas linhas de tratamento, tem capacidade anual para400.000 toneladas e disponibiliza à rede elétrica cerca de 165.000MWh por ano, energia suficiente para abastecer um aglomerado populacional equivalente a 150 mil habitantes. O Aterro Sanitário recebe os subprodutos da incineração, como escórias e cinzas tratadas, enquanto a ETAR garante o tratamento adequado das águas residuais. Mantém ainda um programas de monitorização ambiental, psicossocial e de saúde pública contínuo, reforçando o seu papel estratégico na construção de um futuro mais sustentável para os municípios que serve. - **IMPORTANTE** Acessível exclusivamente em veículos ligeiros

16 Antiga Refinaria de Matosinhos Matosinhos Infraestruturas 1950-2000 Foster Wheeler Corporation e Companhia Portuguesa de Petróleos 1966 Sáb 10h, 11h30, 16h + Dom 10h, 11h30, 14h30, 16h, Ivo Félix (Galp) / Sáb 14h30, Arq. Inês Moreira >> IMPORTANTE: É obrigatória a identificação do visitante (nome e CC), incluindo crianças, As visitas guiadas vão decorrer em autocarro, recomenda-se que cheguem pelo menos 30 minutos antes do horário da visita, sujeito a inscrição no local, sob disponibilidade, por ordem de chegada. Nos dias 5 e 6 de julho, a antiga refinaria da Galp em Matosinhos abre portas à comunidade, associando-se à 10ª edição do Open House Porto. Esta infraestrutura, cujo edificado possui traça arquitetónica do Estado Novo, foi construída em finais dos anos 60 e inaugurada oficialmente em 1970. Numa cidade industrial de cerca de 240 hectares, várias fábricas de engenharia especializada garantiram a refinação de petróleo e o abastecimento de matérias-primas essenciais ao país, durante mais de meio século. Estas visitas guiadas oferecem a oportunidade de conhecer por dentro a refinaria, agora desativada e com trabalhos de demolição em curso. A Galp impulsionará a regeneração desta vasta área de Matosinhos em estreita articulação com a Câmara Municipal de Matosinhos, a CCDR-N e outras entidades locais e nacionais tendo em vista a construção de um novo ecossistema dedicado à inovação, à tecnologia e às energias do futuro. Um legado que a empresa ambiciona deixar à região e ao país, no que pretende ser o maior e mais marcante projeto de regeneração urbana em Portugal nas próximas décadas.

19 Titan do Porto de Leixões Matosinhos Infraestruturas Séc. XIX 1900-1950 1950-2000 2000-Presente Officines de Fives-Lille séc. XIX / 2021 AVISO: Acesso ao Titan sujeito a condições climatéricas favoráveis, Titan sem acesso a pessoas com mobilidade reduzida. O Titan é um grande guindaste de ferro, centenário, único em todo o mundo, que tinha a capacidade de levantamento de 50 toneladas de pedra e que permitiu a construção daquele que, atualmente, é um dos maiores portos da Península Ibérica e o maior porto artificial do país, grande motor da economia local e nacional. No ano de 2023 o Porto de Leixões recebeu 2400 navios de mercadorias e exportou para 184 países. O Titan foi restaurado em 2021 e é uma infraestrutura incontornável da história e identidade do Porto de Leixões, da cidade de Matosinhos e do património industrial de Portugal. - **AVISO** Acesso ao Titan sujeito a condições climatéricas favoráveis, Titan sem acesso a pessoas com mobilidade reduzida.

30 Ejetor do Ouro Porto Infraestruturas 1900-1950 Hughes & Lancaster 1904 Sáb + Dom 10h, Eng. Pedro Lemos No largo do Ouro existe um volume isolado que se parece com um pequeno quiosque ou uma guarita. O volume, encimado por uma espécie de coruchéu, é a porta de uma sala subterrânea, desenhada para colocar um expulsor Shone. A estação, ainda em funcionamento, faz parte do projecto de saneamento que a Câmara do Porto começara a elaborar em 1896, a partir do sistema de injecção de detritos patenteado, no final de 1870, pelos empreiteiros londrinos Hughes & Lancaster. Com paredes de azulejo, e acesso a partir de uma escada em caracol de ferro fundido, a sala faz-se anunciar pela guarita e, ainda, uma “coluna ornamental” de ventilação. A presença simultânea destes dois elementos arquitectónicos em outros pontos da cidade esconde sempre uma sala como esta. (Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)

40 Velódromo Rainha D.ª Amélia do MNSR Porto Infraestruturas Séc. XVI-VXIII 2000-Presente Joaquim da Costa Sampaio / Fernando Távora 1795 / 2001 Sáb 10h30, Paula Oliveira, Conservadora no Museu / Dom 10h30, Arqs. Carlos Martins e Marta Rocha – Visita às Reservas do Museu Soares dos Reis Inaugurado em 1894 o velódromo Maria Amélia, de que ainda restam significativos vestígios, veio responder ao crescente entusiasmo que a elite do Porto dos finais do século XIX sentia pela bicicleta. Destinado para corridas dessas “loucas e velozes máquinas”, com um traçado que permitia percorrer um quilómetro em três voltas, este foi um dos primeiros recintos desportivos da cidade e integrava também dois campos de ténis. Aberto no que seria então uma pequena mata e espaço de hortas, cedidos pelo rei D. Carlos à Associação Velo Club do Porto, o velódromo desenvolvia-se nas traseiras do neoclássico Palácio dos Carrancas mandado construir em 1795 pela família Morais e Castro e que, adquirido em 1861 pelo rei D. Pedro V, se convertera na residência oficial da família real em deslocações ao Porto. Posteriormente, a partir de 1940, foi convertido no Museu Nacional Soares dos Reis. A designação do velódromo resulta do nome da esposa do rei D. Carlos I: a rainha Dona Amélia. (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

56 Reservatório de Água Nova Sintra Porto Infraestruturas 1900-1950 SMAS do Porto 1928 Sáb+ Dom 15h, Débora Silva (Águas e Energia do Porto) Adquirida em 1932 pela C. M. do Porto, a Quinta de Nova Sintra recebe o tório em 1928 e a Central em 1929, conciliando a mata e o jardim romântico da “casa dos ingleses” com a maior infraestrutura de armazenamento de água da cidade, destinada a duplicar a capacidade da conduta adutora de Jovim/Santo Isidro. A municipalização do abastecimento de água em 1875 criou um estrato oculto sob as ruas que cruzamos, com condutas, válvulas, manchões, entre outros, passando a dispensar as fontes e chafarizes. Hoje, com o Porto Gravítico implementado pela Águas do Porto, E. M., a água dispensa a quase totalidade das estações elevatórias, abastecendo e percorrendo a cidade segundo a sua topografia. O armazenamento dos seis tórios da cidade é hoje de 125 450m3, correspondente a uma para mais de dois dias. (Inês Moreira e João Paulo Rapagão, OHP’18)

68 Ponte de S. João Vila Nova de Gaia Infraestruturas 1950-2000 Eng. Edgar Cardoso 1991 Sáb 10h, Prof. Filipe Magalhães (docente FEUP) / Sáb 11h30, Eng. Moutinho Cardoso / Sáb 14h30, Eng. Carrasquinha de Freitas reservas marcação pré-marcação A ponte de São João foi a primeira das travessias entre Porto e Gaia a ser construída durante a democracia Portuguesa. Esta ponte foi inaugurada em 1991 para substituir a ponte ferroviária de D. Maria Pia (1877) que, devido às limitações de carga e de velocidade e ao facto ser de via única, deixou de escoar eficazmente o intenso tráfego ferroviário no Porto. O engenheiro Edgar Cardoso foi o autor desta ponte, cuja construção demorou 7 anos (1984-1991) e empregou um sistema construtivo de cofragem deslizante, que na época constituía uma inovação, mas que se tornou, entretanto, um sistema padrão da construção mundial. A ponte de São João tem 1.140 metros de comprimento e é construída em pórtico múltiplo contínuo de betão armado pré-esforçado, com pilares laterais e três vãos: dois vãos laterais de 125 metros e um vão central de 250 metros. Em 1991 a dimensão do vão central estabeleceu o recorde mundial para pontes deste tipo. *(Teresa Novais e Margarida Quintã, OHP'24)*

71 Estúdios RTP Vila Nova de Gaia Infraestruturas 1950-2000 2000-Presente Rodrigues Lima (colab. Ramos da Fonseca e Jácome da Costa) / Fernando Lamas 1959 / 2007 Sáb 11h+12h, Produtor Hugo Correia / Sáb 15h, Produtora Sandra Lopes / Dom 11h, Apresentador Hélder Reis Não há verdadeira liberdade sem informação, e esse tem sido o papel do Centro de Produção da RTP Porto ao longo da sua existência. O que começou por ser uma pequena delegação regional da RTP (em 1959), associada essencialmente a uma antena emissora para cobrir o norte do país, acabou por se tornar num próspero e diversificado centro de produção de conteúdos, com uma forte presença no quotidiano do serviço público de televisão em Portugal. Atualmente, a RTP Porto é um dos maiores centros de produção de conteúdos do país, com cerca de 300 trabalhadores, responsável por 40% da produção de informação e de entretenimento para os serviços de programas televisivos do grupo RTP (nos canais RTP1, RTP2, RTP3, RTP África e RTP Internacional) e radiofónicos (nas estações Antena 1, Antena 2 e Antena 3). São exemplos o telejornal da RTP2 e o programa Praça da Alegria, iniciado em 1995. *(Teresa Novais e Margarida Quintã, OHP'24)*

4 Casa Marília Maia Habitação 2000-Presente - / Ventura+Partners Séc. XX / 2025 Cada 30 min, Arq. Bruno Costa;Uso obrigatório de cobre-sapatos no interior, a fornecer pela organização. Localizada na Maia, a Casa Marília é uma moradia unifamiliar inserida num amplo terreno de 5.556 m². Este projeto de requalificação e ampliação parte de um edifício do início do século XX – originalmente conhecido como “Casa Brasileira Maria Odete” –, uma construção singular em Portugal, marcada pela forte influência da arquitetura brasileira. Apesar do seu estado avançado de degradação, o edifício detinha o estatuto de património edificado, impondo um desafio significativo: conciliar a pção da sua identidade histórica com as exigências de uma habitação contemporânea. A intervenção procurou equilibrar a memória do passado com o conforto e a funcionalidade do presente, privilegiando espaços amplos de convívio familiar e uma forte ligação com o jardim envolvente. A Casa Marília renasce agora como uma residência moderna e sofisticada, integrando novas valências como garagem, lavandaria, piscina coberta, seis quartos, salas amplas, cozinha, escritório e uma cave com arrumos e adega. Um projeto que honra a sua história, enquanto se projeta para o futuro. (Ventura+Partners)

12 Edifício de Habitação – Circunvalação I Maia Habitação 2000-Presente António Morgado 2023 Visitas acompanhadas, sem acesso ao interior de apartamentos Sáb 14h30, 15h30, 16h30, Arq. António Morgado;Acesso ao interior de um apartamento apenas nas visitas de especialista, com uso obrigatório de cobre-sapatos O Edifício Circunvalação I ocupa uma parcela antes vazia na frente urbana. Em articulação com os serviços municipais, definiu-se um novo alinhamento, prevendo-se a futura uniformização volumétrica até à Estrada da Circunvalação. A estrutura é marcada por uma quadrícula de varandas nas fachadas, criando um ritmo de vazios e sombras. O piso térreo, predominantemente exterior, é fluido e visualmente permeável para o jardim. O último piso, recuado, relaciona-se com os edifícios preexistentes. A horizontalidade, reforçada por betão aparente e tons de cinza, adapta a escala à envolvente. Janelas que correm para o interior de paredes intensificam a ligação ao exterior. A construção incorpora soluções de controlo térmico que, além de expressividade plástica, garantem baixo consumo energético. Dois saguões promovem ventilação natural e conectividade interna. (Versão adaptada a partir de texto original do autor)

21 Edif. Habitacional na Rua Roberto Ivens Matosinhos Habitação 2000-Presente Luís RIbeiro da Silva e Margarida Quintã (Ursa Arquitectura) 2024 Sáb + Dom 11h, Arqs. Luís Ribeiro da Silva e Margarida Quintã O edifício habitacional na Rua Roberto Ivens, em Matosinhos, surgiu da reunião de quatro famílias que se uniram para construir as suas casas: dois apartamentos de três quartos, um apartamento de dois quartos, e um apartamento de um quarto, todos sobrepostos e com áreas equivalentes. O lote do edifício define a orientação da frente de logradouro a nascente e da frente de rua a poente, apontando a organização dos espaços da casa: as zonas de quartos voltadas sobre o logradouro, beneficiando de maior silêncio e da luz matinal, as zonas sociais voltadas sobre a Rua Roberto Ivens, beneficiando da luz vespertina. Hierarquicamente, as habitações privilegiam a maximização das áreas sociais sobre as privadas. Com esse fim, as plantas são desenhadas de trás para a frente: os quartos paralelos à fachada com a profundidade mínima satisfatória, a caixa de escadas e o elevador com as larguras mínimas regulamentares, as casas de banho de serviço com a largura mínima razoável, as salas com a profundidade máxima possível. As salas das habitações resultam assim em generosos espaços de aproximadamente 11 por 5 metros voltados sobre as copas dos plátanos da Rua Roberto Ivens, onde se justapõem as zonas de estar, de refeições, e de cozinha. Na tentativa de conciliar a integridade destes espaços com o seu usufruto do exterior, as fachadas acomodam um sistema de janelas de guilhotina que recolhem abaixo da altura do parapeito, permitindo a transformação das salas em varandas — já que as varandas não são mais, afinal, do que salas completamente abertas. **AVISO** Uso de cobre-sapatos obrigatório em todas as visitas

34 Casa 61 - Bairro da Bouça Porto Habitação 1950-2000 2000-Presente Álvaro Siza / Nuno Reis Pereira 1977 / 2006 / 2023 Sáb + Dom, cada 30 minutos, Arqs. Domiziana Roberi, João Maria Lopes e Nuno Reis Pereira A casa 61 pertence à primeira fase do conjunto habitacional da Bouça, desenhado nos anos 1970 por Álvaro Siza no âmbito do processo SAAL. Tendo sofrido muitas alterações, a casa chegou aos dias de hoje com escassos vestígios da sua primeira vida. Não sendo possível “repetir”, foi preciso repor ou repropor. A maioria das (re)propostas já fora dada em 2006, aquando da conclusão do conjunto na sua relação definitiva com a cidade. Três décadas após o fim do SAAL, as novas tipologias traziam revisões: os materiais foram atualizados, as dimensões retocadas e o uso dos espaços flexibilizado. As decisões na reabilitação desta casa em 2023 frequentam o mesmo espírito, tomando por empréstimo alguns azulejos ou uma porta de correr. Cederam-se certas reposições. No entanto, não se resiste a precisar a leitura da tipologia original, ambicioso exercício de modernidade, gáudio fresco daqueles anos. (Nuno Reis Pereira)

35 Casas na Rua da Glória e Rua Sra. da Lapa Porto Habitação 2000-Presente FMVS A decorrer Sáb+Dom 10h e 16h30, Arq. Filipe Madeira A morfologia urbana do monte da Lapa, associada à sua topografia íngreme e escarpada, acrescia dificuldade ao pedido de intervenção: o confronto entre duas casas com a mesma tipologia num lote estreito e profundo que ligava ruas com desnível de três pisos. Propusemos um acerto às tipologias que acentuou a diferença de cércea e caráter das casas, e criou espaços exteriores libertos de vistas. A casa à cota inferior (Sra. da Lapa), necessariamente de implantação reduzida, tem apenas dois pisos e um só quarto que ganhou de um terraço a poente. A sala de estar, agora ligeiramente elevada em relação à rua, compensa a sua exígua dimensão com um inesperado pé direito e uma generosa janela. A casa à cota superior (Glória), estabelece relações de familiaridade com a envolvente vizinha: cobertura de duas águas em telha marselha com beirado, dois vãos por banda e dois panos de vidro, o piso superior recuado, quando existe. No interior, privilegiaram-se linhas de vista longitudinais e luz natural em todos os compartimentos. No jardim, uma magnólia. (FMVS)

37 Edifício Lino Porto Habitação 1950-2000 2000-Presente Arménio Losa e Cassiano Barbosa / Carlos Maia e Marta Labastida 1953 / A decorrer Sáb + Dom 11h30 e 15h30, Arqs. Marta Labastida e Carlos Maia O edifício, popularmente conhecido como Edifício dos Candeeiros Lino, foi projectado entre 1951 e 1953 pelos arquitectos Arménio Losa e Cassiano Barbosa e responde à encomenda do Sr. Custódio Lino - um reputado fabricante de candeeiros cuja fábrica se localizava na mesma rua. Os candeeiros Lino estão também intimamente ligados à Escola do Porto e produziram peças para inúmeros dos seus arquitectos. Dois dos pisos destinavam-se a loja e showroom e os restantes quatro a habitação - no último piso encontravam-se dois estúdios com terraço, que serviam de alojamento para os técnicos alemães que se deslocavam por períodos prolongados ao Porto para reparar os equipamentos da fábrica. O showroom implanta-se na semicave do edifício, sob um terraço comunitário, abrindo-se para o jardim no logradouro. Apesar das pequenas dimensões e condicionantes das fracções, o Edifício Lino incorpora e expressa claramente o léxico formal moderno, funcional e construtivo dos arquitectos Losa e Barbosa. (Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)

38 Casa sobre o Douro Porto Habitação 2000-Presente César Machado Moreira 2022 Sáb 10h, 10h30 + Dom 10h, 10h30, 17h, 17h30, Arq. Cesar Machado Moureira O terreno, localizado na escarpa da Rua Sobre o Douro, é constituído por quatro socalcos, acedendo-se por umas escadas desde a rua. Dada a configuração do terreno e exiguidade dos socalcos, criaram-se dois volumes separados. No primeiro socalco, num volume encaixado à plataforma superior, construiu-se um pequeno estúdio para visitas, ficando o segundo volume localizado no terceiro e quarto socalco, organizado em 3 pisos e fazendo a ligação a uma pequena construção existente que se recuperou e ampliou. A fragmentação volumétrica pretendeu acompanhar a ocupação que caracteriza a encosta do rio Douro. Na plataforma intermédia, utilizando parte da cobertura do estúdio, localizou-se uma pequena piscina circular. (César Machado Moreira)

39 Casa na Rua da Bandeirinha Porto Habitação 1950-2000 António Portugal e Manuel Maria Reis 1999 Sáb 10h, 12h, 16h e 17h + Dom 10h, 12h e 17h, Arqs. Anne Wermeille Mendonça, Isabel Sereno e Manuel Maria Reis Há ruas que merecem ser vistas por detrás. A Rua da Bandeirinha é uma delas. Quatro arquitetos, sócios e amigos, António Portugal e Anne Wermeille e José Maria Reis e Isabel Sereno, encontram uma propriedade grande demais para uma só casa, ou mesmo duas. Decidem, por isso, juntar às casas o escritório comum. A largura do prédio foi dividida em duas metades, exactamente simétricas. Cada casa desenvolve-se em vários pisos, sempre à volta de um corpo central. Tudo desenhado com um detalhe exemplar. Em cada piso há uma função e os compartimentos não têm portas. As duas famílias repartem o maravilhoso jardim, a continuação do jardim romântico das Virtudes: uma plataforma inesperada com uma visão inebriante do Porto, da cidade e do rio. (Paula Santos e Ivo Poças Martins, OHP’17)

51 Duas casas para S. Porto Habitação 2000-Presente colectivoMel 2014 Sáb+Dom 10h, 13h30, colectivoMEL No campo da reabilitação do nosso património construído, convém relembrar que nem sempre é preciso demolir tudo ou manter apenas a fachada e construir de novo o seu interior. Nestas casas propõe-se uma abordagem radicalmente alternativa onde, à excepção dos novos elementos introduzidos com grande precisão, tudo o resto é mantido: a estrutura de madeira, os estuques e as carpintarias, mas sobretudo as marcas da passagem do tempo, o desgaste nas pinturas, nas madeiras e no papel de parede. Os visitantes vão poder perceber esta ambiguidade entre recuperar completamente ou intervir de modo cirúrgico. Se pode parecer uma postura simplesmente nostálgica ou romântica, rapidamente se esbate o argumento ao descobrirmos que tudo isto permite também uma economia considerável dos custos de construção. (Paula Santos e Ivo Poças Martins, OHP’17)

57 variações numa caixa Porto Habitação 2000-Presente fala A decorrer Sáb + Dom, cada 30 mins, fala O bairro combina edifícios residenciais e industriais. Um novo centro de transportes surge nas redondezas. O edifício residencial foi concebido dentro do volume da antiga fábrica, respeitando os limites impostos. A tensão entre domesticidade e escala industrial guia o projecto. O edifício mede 10x39x8m, com três fachadas abertas. Divide-se em apartamentos quasi semelhantes, voltados para um jardim a sul. A repetição é quebrada por variações espaciais: pés-direitos altos, curvas, rotações, imperfeições. Materiais simples revestem as fachadas. A sul, há alusões industriais, as fachadas de topo são abstractas. Da autoestrada, vislumbra-se um gato: doméstico, mas selvagem. (fala)

59 Bloco de Costa Cabral Porto Habitação 1950-2000 2000-Presente Viana de Lima / Adoff Arquitetos 1955 / 2018 Sáb, cada 45 minutos, Arq. António Fundo Ferreira Edifício de habitação multifamiliar que mostra a importância que o movimento moderno revisionista continuava a dar aos novos modos do habitar: cozinha funcional, com passa-pratos integrado na parede, em conexão direta com a zona de refeições disposta em continuidade com a zona de estar, quartos abundantemente iluminados por janelas horizontais, terraços e varandas que prolongam a leitura do espaço interior para o exterior. Do ponto de vista urbanístico, embora implantado paralelamente à rua, autonomiza-se desta através de recuo, rematando, no entanto, as empenas vizinhas com o mesmo tijolo de revestimento do prédio. O piso térreo é distinto dos pisos superiores (obrigando a um complexo desvio na estrutura e nas infra-estruturas do edifício) e dá a ver pilares-coluna à maneira de modernos pilotis. É um edifício, assim, moderadamente moderno, sem a radicalidade própria dos seus congéneres heroicos europeus, aí residindo hoje o seu carácter exemplar. Viana de Lima, autor do edifício e participante nos Congressos Internacionais da Arquitectura Moderna (CIAM), foi, ele próprio, um dos habitantes desta moderna máquina de habitar. (Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)

61 Casa da Afurada Vila Nova de Gaia Habitação 2000-Presente merooficina 2022 1 por hora, Arqs. Catarina Ribeiro e Vitório Leite (merooficina) Localizada numa zona habitacional da freguesia da Afurada, a casa encontrava-se desabitada há alguns anos e a degradação, provocada pela ação do tempo, perturbava a leitura clara dos espaços que a compunham. As divisões improvisadas, que informalmente dividiam a casa em duas habitações, ocultavam a original e franca sucessão de espaços comunicantes, que terá servido de base para a sua planta primordial. Através de demolições e construções pontuais, que não interferissem com a configuração inicial, a reconstrução procurou restituir estes eixos e reinventar o quotidiano que habita os seus espaços. A zona da fachada voltada a norte, mais degradada, foi a mais alterada: foi aqui que se introduziu a nova porta de entrada, a nova cozinha, e, numa área que em tempos terá sido exterior, se instalou o quarto principal. Por cima deste quarto, a débil cobertura de telha, entretanto construída, foi substituída por um terraço que volta a oferecer um espaço exterior à casa. *(merooficina)*

65 Casa na Calçada da Serra Vila Nova de Gaia Habitação 2000-Presente - / Cannatà & Fernandes Arquitectos - / 2019 Cada 30 min, Arq. Michele Cannatà Para o desenho desta casa, o elevado valor patrimonial da relação paisagística sobre o centro histórico da cidade do Porto representou desde o início, o foco da formalização do projeto. As modestas dimensões planimétricas e os fortes condicionamentos regulamentares não desanimaram uma investigação espacial baseada na articulação dos diferentes níveis, na simplificação construtiva e na acentuação da transparência entre interior e exterior. Fátima Fernandes e Michele Cannatà revelam-nos ali pisos com alturas e formas diferentes que se projetam na paisagem extraordinária do núcleo histórico da cidade e no troço final da parte urbana do rio Douro. *(Graça Correia e Joel Cleto, OHP'22)*

72 Casa da Calçada Vila Nova de Gaia Habitação 2000-Presente Ren Ito 2020 Sáb 10h + Dom 14h, Arq, Ren Ito Localizada em Vilar do Paraíso a Casa da Calçada remonta ao século XVIII e insere-se numa extensa área de 5000m2. Os diferentes edifícios existentes, dispersos pela propriedade, foram renovados e criadas uma nova residência e casa de hóspedes. Após passar-se o reconstruído portão de entrada o visitante é conduzido a uma área ampliada na qual se inserem um hall de entrada e um quarto.A casa principal, com um plano em forma de cruz, apresenta no piso térreo as áreas comuns, como a sala de estar, o escritório, espaço de entretenimento, cozinha, enquanto as áreas privadas, como quartos e WC ocupam o segundo andar. No prédio anexo desenvolve-se a lavandaria, adega, loja de vinhos, quartos e ginásio. A casa de hóspedes, também com 2 andares apresenta sala de estar, sala de jantar e cozinha no piso térreo, e no segundo andar um quarto e uma casa de banho. O edifício anexo possui um vestiário para a piscina, uma casa de banho e arrumos. Por último uma cozinha exterior e uma piscina são ajustadas à casa de hóspedes.

73 4 casas na Aguda Vila Nova de Gaia Habitação 1950-2000 Manuel Correia Fernandes 1978 Sáb 15h+16h, Arq. Manuel Correia Fernandes / Sáb 17h, Arq. Carlos Machado e Moura Manuel Correia Fernandes desenha nos anos 70, para quatro amigos, quatro casas de férias em frente ao mar. As construções, obrigatoriamente económicas, são organizadas em torno da sala – espaço aberto, de maior altura, agregador de várias funções, integrando as escadas/circulações para os quartos (necessariamente pequenos) e a relação natural com o jardim. Uma só cobertura procura unificar as casas e, simultaneamente, compor o alçado da frente para o mar. Passados quase 50 anos importa igualmente ler a ação do tempo nas arquiteturas, e como cada casa sofreu processos de erosão ou tratamento distintos - de pção, de alteração, ou de quase abandono. Mas há, apesar de tudo, um desenho de conjunto que permanece… que a boa arquitectura garante. *(Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP'19)*

2 Escola de Educação Ambiental da Quinta da Gruta Maia Equipamentos 2000-Presente João Álvaro Rocha 2008 Sáb 10h, Arq Alberto Vieira / Dom 10h, Arq Carla Garrido No início do século XX, foi construída uma quinta com jardins e uma casa senhorial influenciada pela arquitetura brasileira do século XIX, já marcada pelos estilos art nouveau e art déco. Atualmente, este espaço abriga o Complexo Municipal de Educação e Sensibilização Ambiental da Quinta da Gruta, dedicado à promoção da consciência ecológica e à aprendizagem em contacto com a Natureza. Aberto à comunidade, o complexo oferece um ambiente de lazer e formação, onde a pção e defesa do meio ambiente são o foco das campanhas de Educação Ambiental desenvolvidas. A Escola de Educação Ambiental da Quinta da Gruta assume-se como um edifício complementar — não pretende rivalizar com a casa senhorial, mas sim integrar-se de forma discreta e respeitosa. A sua forma e função refletem uma relação de dependência e harmonia com o existente, em sintonia com a simplicidade da tradição construtiva rural.

6 Quinta dos Cónegos Maia Equipamentos Séc. XVI-VXIII - / António Pinto Leite e Pais de Figueiredo Séc. XVIII / 1996 Visitas livres limitadas aos espaços dos jardins Visitas acompanhadas limitadas aos espaços dos jardins Sáb 17h + Dom 16h, Mário Aguiar (Técnico Turismo C.M.Maia) / Dom 10h, Historiador José Maia Marques / Acesso ao interior do edifício apenas nas visitas de especialista A quinta dos Cónegos, na Maia, expressa o espírito do século XVIII e a influência do Barroco. Apelo à construção que maravilha, que transforma a natureza num apelo estético, que molda o gosto à época. A primitiva construção de que há registo remonta ao século XVII, conhecida na altura por Quinta de Barreiros. A atual construção é situada por alguns autores entre 1727 e 1737 (século XVIII), ao mais puro estilo barroco e de forte influência da escola de Nasoni. Espaço de memória, de renovação contínua sem perder o fio condutor do tempo, do barroco aos jardins, da água à pedra, do branco das paredes ao verde da natureza. Nos primeiros anos da década de 90, a Quinta dos Cónegos foi completamente renovada obedecendo ao projeto de arquitetura e decoração do Arq.º António Pinto Leite, ajudado pela dedicada colaboração dos Arq.º Pais de Figueiredo e Eng.º Santos Farinha. (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22) **AVISO** Visitas acompanhadas limitadas aos espaços dos jardins; Acesso ao interior do edifício apenas nas visitas comentadas.

7 Fundação Gramaxo Maia Equipamentos 2000-Presente Álvaro Siza 2021 Dom 11h, Arq. António Choupina A Fundação Gramaxo, cuja atividade visa promover as artes e a cultura local, tem o seu novo edifício implantado no complexo habitacional e agrícola do século XVII da Quinta da Boavista. Concebido para expor a coleção da família Gramaxo, este projeto organiza várias salas para exposições permanentes e temporárias, assim como uma sala polivalente que pode ser utilizada como auditório. Procurando evocar a memória do edifício pré-existente, a nova construção ocupa as áreas construídas existentes, apesar de assumir uma forma e volumetria diferentes. Ainda nesta referência à memória, destaca-se a projeção de uma pérgola articulada com a sala de exposições temporárias e o auditório. (Magda Seifert e Pedro Baía, OHP’23)

8 Centro de Documentação João Álvaro Rocha Maia Equipamentos 2000-Presente Eduardo Souto de Moura e João Álvaro Rocha 2001 1 por hora, Arqs. Conceição Melo e Cristina Emília Silva;Entre as 13h e as 15h não se realizam visitas ao espaço Não muito distante do novo centro da Maia, Eduardo Souto Moura desenhou este edifício de habitação coletiva onde se encontra o Centro, que possui apartamentos e espaços comerciais no piso térreo. O bloco, de planta retangular, tem dois núcleos centrais de circulações verticais e infraestruturas, permitindo uma disposição flexível da restante área útil. Do lado de fora, todo o prisma é revestido com persianas de alumínio, obtendo assim diferentes ‘composições’: o edifício pode parecer uma caixa muda e abstrata sobre a qual o sol brilha, ou ganhar vida quando algumas das janelas são abertas. O alçado nascente inclui as duas entradas para os apartamentos, dois espaços comerciais, sala de condomínio e acesso à garagem e a fachada poente alberga apenas um acesso a um espaço comercial. É nestes no rés-do-chão que João Álvaro Rocha instalou o seu escritório e hoje encontramos o extraordinário acervo da sua obra.(Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

9 Torre Lidador Maia Equipamentos 2000-Presente António Machado 2001 Sáb 10h + Dom 12h, Mário Aguiar (Técnico Turismo C.M.Maia) / Dom 11h, António Silva Tiago (Pres. da C.M. Maia) A Torre Municipal de Serviços da Maia, Torre Lidador, é uma obra emblemática deste concelho e do seu dinamismo representando o abrir de um novo ciclo de progresso e de desenvolvimento. Tendo como objetivo primordial a instalação dos serviços municipais, a Torre é um marco determinante num processo de desenvolvimento sustentável, que não tem par no nosso país. A Torre Lidador é uma referência da cidade, com 92 metros de altura, sendo à época que foi construído o 5º edifício mais alto do país e o mais alto fora da cidade de Lisboa, visível a partir de qualquer uma das dez freguesias do concelho. A Torre representa uma referência, não apenas geográfica, mas ilustrativa do desenvolvimento, da capacidade de trabalho e de espírito empreendedor. Representa a transparência e a abertura do Poder Local, a acessibilidade da Câmara Municipal da Maia perante os cidadãos. Trata-se de um espaço de trabalho aberto e transparente, inaugurado a 9 de julho de 2001. (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

10 Centro Cívico de Águas Santas Maia Equipamentos 2000-Presente Paulo Tedim / Luís Miguel Gomes 2012 A sede do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular não será incluída nas visitas Sáb 10h, 15h, 17h, Miguel dos Santos (Pres. Junta de Freguesia) / Sáb 12h, Arq. Paulo Tedim O Centro Cívico de Águas Santas desempenha um papel central na organização e prestação de serviços públicos à comunidade, tendo sido concebido como um espaço de convergência cívica e institucional. Neste edifício estão centralizados os serviços da Junta de Freguesia de Águas Santas, com atendimento direto aos cidadãos em áreas como administração local, apoio social e dinamização comunitária. Além disso, integra o Espaço Cidadão, a Universidade Sénior, uma delegação dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), o Gabinete de Atendimento à Informação Local (GAIL) e o Auditório Manuel Correia. Este edifício articula os diversos usos de forma exemplar, tanto na sua relação interior quanto pela relação do interior com o exterior, igualmente desenhado para fruição da comunidade. O Centro Cívico destaca-se ainda pela sua vocação supramunicipal, ao acolher a sede do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular – entidade de cooperação transfronteiriça que promove o desenvolvimento sustentável e a integração territorial entre cidades do norte de Portugal e da Galiza.

11 Junta de Freguesia de Pedrouços Maia Equipamentos 2000-Presente - / Alfredo Ascensão e Paulo Henriques - / 2007 Sáb 10h, 15h, 16h e Dom 10h, Isabel Carvalho (Pres. Junta de Freguesia) / Sáb 17h, Arq. Alfredo Ascensão Partindo de uma antiga casa maiata, o projeto desenvolve-se numa ampliação contemporânea cuidadosamente desenhada, afirmando-se como centro de vida comunitária. Mais do que um espaço administrativo, acolhe valências como auditório, biblioteca e sala de exposições, promovendo a participação cívica, a cultura e a proximidade. A articulação entre pré-existência e novo desenho é feita com equilíbrio e respeito pelo lugar. A escolha de materiais e o cuidado construtivo resultam numa arquitetura simultaneamente silenciosa, expressiva e identitária. Este edifício é, assim, um espaço público no sentido pleno, afirmando a arquitetura como elemento essencial de qualificação urbana.

14 Mosteiro de Leça do Balio e Escultura Aberta Matosinhos Equipamentos Até Séc. XVI 2000-Presente - / - / Álvaro Siza séc. X / séc. XIV / 2024 Sáb 11h, Guias Fundação Livraria Lello / Dom 16h, Arq. António Choupina O Mosteiro de Leça do Balio foi adquirido pelo Lionesa Group em 2016, tendo sido solicitado ao Arquiteto Siza Vieira e ao Arquiteto Sidónio Pardal que projetassem um futuro para o Mosteiro que ajudasse à reativação desta importante herança, de pioneirismo e humanismo, na sua incontornável ligação aos Caminho de Santiago. As obras iniciaram-se em 2020 e completaram-se em junho de 2024. O projeto de recuperação, valorização e divulgação do Mosteiro de Leça do Balio compreende não só a reabilitação estrutural de um património de elevado valor histórico, cultural e arquitetónico, de modo a pr um espaço que é considerado monumento nacional desde 1910, mas também a criação de um novo edifício - a Escultura Aberta de Siza. Esta escultura, uma estrutura em betão branco de 20x20 metros de largura também da responsabilidade do Arquiteto Siza Vieira, procura sublinhar e dar visibilidade à importância que ao longo dos tempos o Mosteiro de Leça do Balio possuiu no apoio aos peregrinos no Caminho Português de Santiago: espaço de introspeção, com um pátio exterior e uma área coberta mais da, este é um espaço ecuménico onde, na tradição e pioneirismo góticos de Leça do Balio, a luz tem um relevante papel ao longo do dia. *(Fundação Livraria Lello)*

17 Piscina das Marés Matosinhos Equipamentos 1950-2000 2000-Presente Álvaro Siza 1966 / 2021 Sáb 17h, Arq. Teresa Cunha Ferreira / Sáb 18h, Arq. José Fernando Gonçalves / Dom 11h, Arq. Luís Urbano O lugar, inicialmente marcado pela existência de um viveiro de lagostas, está marcado pelo diálogo entre elementos naturais e dados artificiais. Os diversos muros retos paralelos de betão armado, quebrados no bar pelo plano apontado ao guindaste ou “titã”, contrastam com a natureza das rochas e das areias. Surge então um percurso demorado e alternado, ora paralelo ora perpendicular ao mar, descendente, parcialmente enterrado para libertar o horizonte a quem circula na marginal. Os muros altos adiam a descoberta do mar, dando acesso a vestiários, balneários e sanitários, bar e, ainda, casa de tratamento da água que é do mar. Os muros de betão armado suportam a cobertura de madeira e cobre onde são suspensas as divisórias. Se nos baixarmos e espreitarmos, lemos o pavimento contínuo, livre como o mar. *(Inês Moreira e João Paulo Rapagão, OHP’18)* **AVISO** Utilização das piscinas para banhos não incluída (sujeita à tarifa aplicável)

18 Terminal de Cruzeiros Matosinhos Equipamentos 2000-Presente Luís Pedro Silva 2014 Sáb 13h, 14h, 16h-20h, Guias Terminal de Cruzeiros / Sáb 15h, Arq. Luís Pedro Silva / Dom 10h-17h, Guias Terminal de Cruzeiros O Terminal de Cruzeiros de Leixões foi criado no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Portuário em 2004. O edifício é um marco no cais sul do Porto de Leixões, que se posiciona como uma porta de entrada para a região norte. O novo cais foi inaugurado em abril de 2011 e tem agora 340 m de comprimento, o que lhe permite acolher navios de cruzeiro de grandes dimensões, em linha com o atual desenvolvimento dos armadores mundiais na construção destes navios. No ano 2024, o Porto de Leixões recebeu no total 152 navios de cruzeiro e cerca de 196.000 passageiros, um crescimento de cerca de 32% quer em navios quer em passageiros. Em particular, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, acolheu 108 cruzeiros e mais de 170.000 passageiros. Este edifício é um equipamento multifuncional porque, para além de albergar o Terminal de Cruzeiros, acolhe também o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto. O CIIMAR é uma instituição líder em investigação e formação avançada que trabalha na fronteira do conhecimento e inovação dos oceanos. Com mais de 300 colaboradores de várias nacionalidades, esta instituição desenvolve um extenso programa de divulgação dirigido a todos os sectores da sociedade. A cobertura habitável do Terminal de Cruzeiros de Leixões é uma plateia para o mais extraordinário espetáculo: a vista sobre o oceano. Para além das visitas guiadas nas tardes de sábado e domingo, convidamo-lo a assistir ao pôr do sol a partir da cobertura deste edifício no sábado, entre as 19h e as 21h.

20 Casa Roberto Ivens Matosinhos Equipamentos 1900-1950 1950-2000 2000-Presente Álvaro Siza 1961 / 2009 / 2022 Sáb 11h, Arq. Pedro Pimentel / Sáb 14h30, Arq. José Salgado / Dom 11h, 15h, Arq. Mariana Bernardes No centro de Matosinhos ainda podemos encontrar muitos exemplos de casas burguesas portuenses, ou suas variantes, edificadas entre o séc. XIX e o início do séc. XX. A Casa Roberto Ivens é uma dessas casas – com a particularidade de ter sido remodelada pelo próprio Siza para habitação dos seus pais em 1961. Em 2009 é ele, novamente, que elabora o projecto de reconversão do edifício para primeira sede da Casa da Arquitectura. É um extraordinário exercício de “transformação na continuidade” – ideia que o arquitecto Távora frequentemente enunciava – onde reconhecemos uma nova vida interior sobreposta à memória de casa familiar. A surpreendente naturalidade com que este processo é desenhado está latente - em tudo. *(Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)*

22 Quatro Casas - Casa d'Abreu Neto Matosinhos Equipamentos 1950-2000 2000-Presente Álvaro Siza 1957 / 2024 Sán 15h, 16h, Arq. Inês Ruas / Sáb 20h + Dom 15h00, Arq. Sara Nunes Obra primeira de Siza (ainda longe da expressão arquitetónica do que viriam a ser consideradas as suas obras primas), o conjunto das quatro casas é um ensaio sobre a revisão da modernidade que miscigena o Inquérito à Arquitectura Popular (filtrado por Távora), o Le Corbusier de Ronchamp e o seu Alvar Aalto de sempre. Integrada neste conjunto, a habitação do seu primeiro cliente prevê um percurso que obriga à duplicação de escadas que, embora diminuindo o espaço livre, amplia as possibilidades de vivência da casa. Nisso, o projeto é complexo e contraditório, antecipando o livro homónimo de Venturi de 1966. A cozinha da casa Neto parece ter sido moldada, em pastilha cor de barro, com as mãos do próprio Siza, ainda impressionado com a descoberta inicial da expressão orgânica da arquitetura de Gaudi. A presença escultórica da chaminé no espaço do fogo faz lembrar os Natais, as Páscoas e os dias banais daquela casa. *(Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)* **AVISO** Uso de cobre-sapatos obrigatório em todas as visitas

23 Museu da Memória de Matosinhos - Palacete de Trevões Matosinhos Equipamentos 1900-1950 2000-Presente António Alves da Silva / Eng. Manuel Lopes de Amorim / Ana Crista 1913 / 1944 / 2017 Sáb 10h, Museólogo Luís Soares / Dom 16h, Arqueólogo José Varela Instalado no edifício emblemático da antiga Câmara Municipal, o MuMMa é um espaço dedicado à pção e celebração da identidade coletiva de Matosinhos. Inaugurado em 2023, o museu reúne testemunhos, objetos e narrativas que percorrem a história do concelho, desde a tradição piscatória à industrialização, passando pela cultura urbana contemporânea. A sua museografia convida à interação e ao diálogo entre gerações, cruzando passado e presente. No âmbito do Open House Porto 2025, o MuMMa abre portas aos visitantes para dar a conhecer não só os seus conteúdos expositivos, mas também o próprio edifício reabilitado, onde a arquitetura histórica e a intervenção contemporânea se encontram. Um convite à descoberta da memória viva de uma cidade em constante transformação.

24 Casa da Arquitectura Matosinhos Equipamentos 1900-1950 2000-Presente Eng. António da Silva / Guilherme Machado Vaz 1901 / 2017 Sáb 15h, Arq. Marco Ginoulhiac (Galeria da Casa) / Sáb + Dom 16h, Arq. José Fonseca (Arquivo CA) / Sáb 17h, Arq. Ana Neiva e Jorge Figueira (Nave Expositiva) / Dom 15h00, Arq. Carla Barros (Casa da Arquitectura: espaços e missão)/ Dom 17h, Arq. Guilherme Machado Vaz >> As visitas ao Arquivo têm lotação máxima de 15 pessoas >> IMPORTANTE: Visitas sem pré-marcação mas com distribuição de senhas 30 minutos antes de cada visita A Casa da Arquitectura — Centro Português de Arquitectura é a uma das mais relevantes instituições em Portugal dedicada à temática da Arquitetura, promovendo exposições, pção de acervos, pesquisa e divulgação, junto de diferentes públicos, da relevância social e cultural da arquitetura. Sediada em Matosinhos, a poucos metros da praia, o Centro Português de Arquitectura ocupa desde 2017 o antigo quarteirão da Real Vinícola — um conjunto patrimonial do final do século XIX, reabilitado com projeto do arquiteto Guilherme Machado Vaz — que totaliza uma área de cerca de 5000 m² e integra a Nave Expositiva, a Galeria da Casa, os espaços Luis Ferreira Alves e Álvaro Siza, o Arquivo, a Loja da Casa e áreas de apoio e serviços. Constitui, atualmente, uma referência incontornável no panorama arquitetónico, cultural e turístico, sendo um exemplo premiado e reconhecido de reabilitação do património industrial.

25 Museu Vivo Conservas Pinhais Matosinhos Equipamentos 1900-1950 2000-Presente Augusto Coelho Pereira de Araújo / ACS Architects 1923 / 2021 Sáb + Dom 09h30, 10h30, 11h30, 14h00, 15h00, 16h00, Guias do Museu A Conservas Pinhais & C.ª Lda., fundada em 1920, ocupa um edifício datado de 1923 e ampliado em 1945, integrado no plano de urbanização de Licínio Guimarães para o Areal do Prado. Neste espaço p-se a produção tradicional e artesanal de conservas de peixe — com especial destaque para a sardinha —, promovendo-se simultaneamente a conservação cuidada do edifício e do legado produtivo da empresa, mantendo-se o mais fiel possível ao original. A preparação manual de ingredientes, como a folha de louro, e a produção artesanal da polpa de tomate asseguram a autenticidade, qualidade e longevidade dos produtos Pinhais. As torres nos cunhais do edifício revelam influências da arquitetura industrial inglesa, enquanto o átrio principal, dominado por uma escada espiralada, transmite uma nobreza material que conduz ao escritório, onde o ambiente permanece ancorado no passado. Mantêm-se também tradições como o toque do sino, que marca o ritmo da jornada laboral, sob o olhar protetor de Nossa Senhora de Fátima. Desde 2021, com a criação do Museu Vivo Conservas Pinhais Factory Tour, é possível realizar visitas guiadas ao edifício histórico, conhecendo a história da marca e todas as etapas da produção artesanal de conservas, culminando com uma prova dos produtos. Este percurso imersivo convida à descoberta do saber-fazer, dos valores e da memória viva de uma das mais emblemáticas conserveiras portuguesas.

26 Colégio Efanor - Polo II Matosinhos Equipamentos 2000-Presente Paula Santos 2018 Sáb 11h, Arq. Paula Santos / Sáb 15h, Arq. José Bártolo O Polo II do Colégio Efanor, projetado por Paula Santos Arquitectura para acolher cerca de 700 alunos, está construído num terreno de cerca de 13000m² e é um exemplo notável de como a arquitetura pode servir a educação com sensibilidade e rigor. O edifício principal, de orientação nascente-poente, desenvolve-se em três pisos, adaptando-se à morfologia do terreno através de uma fachada curva que suaviza a transição entre os diferentes volumes. No topo sudeste do campus, destaca-se o conjunto desportivo composto por pavilhão gimnodesportivo, uma piscina de 25 metros e estúdios de dança. O pavilhão, construído em estrutura metálica e revestido a policarbonato, permite uma permeabilidade visual e uma luminosidade difusa, adequadas à prática desportiva. Já os volumes da piscina e da escola de dança, em betão aparente, oferecem espaços mais introspetivos e controlados em termos de luz, adequando-se às atividades que acolhem. Este conjunto evidencia uma integração harmoniosa entre função, forma e materialidade, proporcionando ambientes que estimulam o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos.

27 Forte de S. João Baptista da Foz Porto Equipamentos Séc. XVI-VXIII Francesco de Cremona Séc. XVI-XVIII Sáb 10h, Maria José Távora / Dom 10h, Geógrafos José Alberto Rio Fernandes e Jorge Ricardo Pinto (com percurso pela Foz) A fortaleza de São João Baptista da Foz do Douro esconde, no seu interior, o que resta do paço renascentista e da igreja abacial que Dom Miguel da Silva, Bispo de Viseu, ali fez construir na primeira metade do séc. XVI para sua morada e local de culto. Na verdade, estes dois elementos arquitectónicos fazem parte integrante de um conjunto mais vasto que Dom Miguel da Silva planeou e fez projectar através do arquitecto italiano Francesco de Cremona (que, certamente, trouxe consigo de Roma) e que marcaram para sempre a configuração daquele lugar que ali, ambos, arquitectonicamente fundaram. Na segunda metade do séc. XVI, o paço de Dom Miguel da Silva foi integrado na fortaleza mandada erigir pela corte que, no seu interior, esconde, assim, esta história. A nave da igreja foi destelhada e a nova obra foi construída a partir das paredes da igreja pré-existente, ou seja, a igreja existe, hoje, na sua ausência, a céu aberto, convertida em pátio interior daquela fortaleza.  (Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)

28 Escola de Ballet do Porto Porto Equipamentos 2000-Presente Francisco Vieira de Campos 2022 Sáb 10h, Arq. Francisco Vieira de Campos / Dom 11h, Prof. Cuca Anacoreta O novo edifício da Escola de Ballet do Porto resulta de uma sólida vontade e iniciativa de uma bailarina agora professora, de conciliar o ensino da Dança com uma espacialidade à altura desta expressão artística. O projeto da autoria de Francisco Vieira de Campos, é pensado em absoluto para a Dança, mas que se obriga a cumprir as novas exigências de um Ensino Articulado que é hoje em dia uma escolha possível e, felizmente, ao alcance das jovens bailarinas. É um espaço que procura uma integração com a cidade e a natureza envolvente, com grandes janelas viradas para o exterior, muita luz e arcos que perseguem a perfeição do movimento. Na verdade, este edifício permitirá ainda, ele próprio chamar a atenção para a forma como o espaço desenhado com qualidade estimula a felicidade e inspira, também a história do Ballet em Portugal se confunde com a história da construção de um país democrático. (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

29 Ala Álvaro Siza do Museu de Serralves Porto Equipamentos 2000-Presente Álvaro Siza 2023 Sáb 10h, 10h30, 11h, 11h30 + Dom 15h, 15h30, 16h, 16h30, 17h, 17h30, Educadores de Serralves  * Sáb 11h, Visita extra à Casa de Serralves, Arq. Adriana Soares. A nova ala do Museu de Arte Contemporânea de Serralves abriu ao público em Outubro de 2023, e recebeu o nome Ala Álvaro Siza em homenagem ao seu célebre autor. Em Serralves, Álvaro Siza desenhou o Museu de Arte Contemporânea, em 1999, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, em 2019, a Casa dos Jardineiros, em 2021, foi responsável pela recuperação da Casa de Serralves, em 2021, e desenhou a nova ampliação do Museu, em 2023. A nova ala tem três pisos e cerca de 4000m2 de construção, o que representa um aumento da área de exposição de 40% e um aumento da área de arquivo de 75%. Esta ampliação é de facto oportuna, uma vez que o museu foi visitado por mais de um milhão e cem mil pessoas em 2023, enquanto que em 1999 foram 80 mil visitantes. (Teresa Novais e Margarida Quintã, OHP’24)

31 Estádio Universitário do Porto Porto Equipamentos 2000-Presente CREA 2024 Sáb 10h+11h, CREA O projeto de reabilitação da bancada e sede do CDUP, promovido pela Universidade do Porto, inscreve-se no contexto do Estádio Universitário, localizado em plena quinta do Campo Alegre e inaugurado em 1953. O edifício existente da bancada, de inspiração racionalista refletida no alçado à via de acesso, disposto em rigorosa simetria e com composição definida por uma métrica de pilares que confluem no negativo da entrada porticada - loggia sobre a rua que assinala a passagem para o interior do estádio, destacando-se os baixos relevos cinzelados em mural de granito com motivos que remetem para o imaginário da mitologia da antiguidade clássica. Paralelamente à reabilitação estrutural, foi prevista a reformulação do espaço interior onde se inscrevem as áreas de apoio aos campos de jogos. No alinhamento longitudinal da bancada existente, estão implantados os dois novos edifícios que integram o conjunto, e que absorvem o programa da sede do CDUP e de apoio aos alunos universitários, que se deixam contaminar pela composição da bancada, reinterpretada e liberta da simetria, num registo mais fluido e dinâmico. (CREA)

32 Casa Marta Ortigão Sampaio - Museu do Porto Porto Equipamentos 1950-2000 José Carlos Loureiro 1957 Sáb 15h30, Susana Lourenço Marques (curadora da exposição temporária) Edifício modernista de 1958, desenhado por José Carlos Loureiro, a Casa Marta Ortigão Sampaio abriu ao público em 1996, na sequência de uma doação à Autarquia em 1978. Marta Ortigão Sampaio (1897-1978), filha de Estela de Souza e Vasco Ortigão Sampaio, célebre colecionador portuense, era sobrinha materna das pintoras Aurélia de Souza e Sofia de Souza e nasceu num contexto privilegiado e de contacto com a prática artística. A Casa-Museu evoca o ambiente que rodeou a vida desta família burguesa do Porto, apresentando coleções de pintura, joias, uma biblioteca especializada em arte, peças de mobiliário de influência francesa, inglesa e indo-portuguesa e outras peças de artes decorativas. Destaque para a coleção de joias de uso pessoal, com perto de três centenas de peças de finais do século XVII ao século XX. No jardim podem observar-se pedras trabalhadas que pertenceram ao desaparecido mosteiro de S. Bento de Avé-Maria e um pequeno lago rodeado por diversas espécies botânicas, com destaque para as magnólias e um cedro do Atlas.  (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

41 Laboratório Ferreira da Silva do MHNC-UP Porto Equipamentos 1900-1950 2000-Presente Carlos Amarante / António Portugal e Manuel Maria Reis 1927 / 2018 Sáb 10h Arq. Nelson Miranda / 16h Dra. Marisa Monteiro Parte integrante do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, o Laboratório Ferreira da Silva foi aberto ao público, enquanto espaço museológico e cultural, em 2021. Equipamento laboratorial e pedagógico de referência na história da química em Portugal, a visita ao laboratório permite uma viagem às décadas de 30 e 40 do século XX, não só pelos instrumentos e restantes equipamentos expostos e então aqui utilizados, mas também pela estética Art Déco que caracteriza o espaço. O Laboratório Ferreira da Silva integra igualmente um projeto que, em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, permite uma viagem de 300 anos num espaço de 300 quilómetros. (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

42 Reitoria Universidade do Porto Porto Equipamentos Séc. XVI-VXIII 2000-Presente Carlos Amarante / António Portugal e Manuel Maria Reis Séc. XVIII / 2019 Sáb 10h, Susana Barros / Sáb 11h, Arq. Rui Ramos / Sáb 16h, Prof. Hugo Barreira Há edifícios que se fundem com os seus nomes…ou há instituições que se confundem com os seus edifícios. Isto acontece com a Universidade do Porto - para muitos portuenses (e não só), falar da “Universidade” é referirmo-nos ao seu edifício histórico da Praça dos Leões. A história desta construção (1803) é riquíssima, repleta de acontecimentos, intervenções, programas e até catástrofes. E o seu interior revela este processo guardando surpresas extraordinárias – como a biblioteca do “Fundo Antigo”, o Salão Nobre, os Pátios ou o Laboratório Ferreira da Silva recentemente reconstruído. Os diversos especialistas convidados para as visitas guiadas vão falar-nos, não só sobre a história e o património arquitectónico em causa, mas também sobre as excepcionais colecções e objectos aqui guardados. Actualmente, o edifício acolhe a Reitoria da UP e o Museu de História Natural e da Ciência da UP (pólo central em processo de instalação articulado com a Galeria da Biodiversidade e Jardim Botânico do Porto). (Joana Couceiro and Nuno Valentim, OHP’19)

45 Centro Português de Fotografia (Antiga Cadeia da Relação) Porto Equipamentos Séc. XVI-VXIII 2000-Presente Eugénio dos Santos / Humberto Vieira e Eduardo Souto de Moura Séc. XVIII / 2001 Desenhado por Eugénio dos Santos, engenheiro militar e arquiteto responsável pela reconstrução pombalina da baixa lisboeta, o edifício da Antiga Cadeia e Tribunal da Relação do Porto constitui um exemplar único da arquitetura civil portuguesa do século XVIII, encerrando algumas das memórias mais relevantes da cidade. Totalmente pdo em termos estruturais, constitui um dos raros imóveis desta tipologia ainda existentes na Europa, sendo possivelmente o edifício prisional mais paradigmático do país. Erguido no âmbito da renovação urbanística promovida pelo governador-geral João de Almada e Melo, terá sido o primeiro grande edifício civil do Porto, refletindo de forma notável, mesmo em termos europeus, a sua condição de baluarte do exercício do poder do Estado, patente desde logo na sua monumental solidez e no programa decorativo do tribunal, constituído por um conjunto simbólico evocativo dos princípios do antigo regime. Atualmente, e após a sua reabilitação entre 1987 e 2000, decorrente da projeção da última e extraordinária intervenção dos Arquitetos Humberto Vieira e Eduardo Souto Moura, o monumento conserva a memória e o poder evocativo dos ambientes originais, ao mesmo tempo que alberga a contemporaneidade de uma reabilitação exemplar e o Centro Português de Fotografia, que hoje se pode o público em geral pode fruir com qualidade. (Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)

47 Museu de Arte Sacra e Arqueologia / Igreja S. Lourenço Porto Equipamentos Séc. XVI-VXIII Silvestre Jorge 1573 Sáb 11h30, Arq. Pedro Leão Na parte mais alta da cidade e magnificamente implantada no morro da Sé, esta bela Igreja Jesuíta, Maneirista, construída no século XVI, convive com uma série de outras coisas por detrás da sua fachada imponente: O Museu de Arte Sacra e o Seminário Maior da Sé do Porto. O Museu tem uma intervenção moderna do arquitecto Luís Cunha, e contém belíssimas peças de arte religiosa. As celas do Convento, hoje quartos de Seminaristas, sucedem-se em extensos corredores que se entrecruzam e desembocam em estonteantes varandas sobre o Rio. Os visitantes poderão circular por esta sucessão de espaços. (Paula Santos e Ivo Poças Martins, OHP’17)

48 Culturgest / Caixa Geral de Depósitos Porto Equipamentos 1900-1950 Porfírio Pardal Monteiro 1931 Sáb 14h+16h, Arq. Domingos Tavares Maior obra do “arquiteto de Lisboa” fora da capital, este imponente edifício na Avenida dos Aliados demarca-se dos vizinhos pela horizontalidade e gravidade clássica do volume. A aparência clássica e institucional do exterior contrasta com o ambiente art déco do átrio central octogonal de pé direito duplo. Para lá dos espaços da Culturgest que desde 2002 ali promove atividades culturais, a visita inclui os cofres na cave. (Jorge Figueira, Carlos Machado e Moura, OHP’16)

49 Câmara Municipal do Porto Porto Equipamentos 1900-1950 1950-2000 António Correia da Silva / Carlos Ramos 1917 / 1957 Sáb 10h, Vereador Pedro Baganha É a casa da administração local do município, ou seja, a casa que representa todos os habitantes da cidade, um edifício simbólico que ocupa um lugar de destaque ao rematar, no topo norte, a avenida dos Aliados. Esta implantação é o resultado de um longo processo de expansão urbana elaborado pelo arquiteto inglês Barry Parker. O plano para o novo centro cívico, aprovado em 1916, previa a demolição da área que hoje define a ampla avenida, incluindo o edifício que acolhera anteriormente a Câmara e que definia a Praça de D. Pedro, atual Praça da Liberdade. Esta abre-se, hoje, ao eixo de grande escala que culmina, ao fundo, com o novo edifício projetado por António Correia da Silva. O volume compacto com uma torre a eixo (começado nos anos 20 e concluído, anos mais tarde, por Carlos Ramos), só em 1957 recebe os serviços camarários, entretanto transferidos para o Paço Episcopal. Embora no alçado só transpareça a existência de três pisos (um r/c, um piso nobre e um ático) o volume desenvolve-se em seis pisos e uma cave, espaços inesperados quando se penetra no interior surpreendente do edifício. (Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19)

50 Palácio do Bolhão Porto Equipamentos Séc. XIX 2000-Presente - / José Gigante, João Gomes e Manuel Fernando Santos 1844 / 2015 Sáb+Dom 11h, Rosa Bessa / Sáb 15h Arqs. José Gigante e João Gomes / Dom 10h, Arq. João Gomes Mandado erguer por António de Guimarães, Conde de Bolhão, e palco das faustosas festas e bailes da elite portuense da segunda metade do século XIX, o Palácio caracteriza-se pela arquitetura eclética e profusa decoração interior, com mármores, estuques, pintura e talha. Monumento de Interesse Público desde 2010, o edifício foi reabilitado e ampliado, acolhendo hoje a escola e companhia de teatro da Academia Contemporânea do Espetáculo. Visite as salas do Palácio descritas por Camilo Castelo Branco e o novo auditório. (Jorge Figueira, Carlos Machado e Moura, OHP’16)

52 Escola Secundária Alexandre Herculano Porto Equipamentos 1900-1950 2000-Presente José Marques da Silva / Alexandre Alves Costa, SergioFernandez e Miguel Ribeiro 1934 / 2023 Dom 11h, Arqs. Alexandre Alves Costa, Sergio Fernandez e Miguel Ribeiro A construção de novos liceus na transição entre os séculos XIX e XX, foi marcada por uma vontade de impulsionar o ensino científico e responder às exigências do ensino moderno. O então Liceu Central Alexandre Herculano marca uma intenção de consolidar a expansão da cidade na direção da então nova praça da Boavista do século XIX. A sua recente requalificação honra o seu passado. A construção do edifício iniciou‐se em 1916 sendo que as intervenções foram sendo realizadas até aos anos 30. Tendo como autor o arquiteto José Marques da Silva, nome incontornável na arquitetura moderna do Porto, o edifício propunha um conjunto de espaços que, à época, não seriam habituais neste programa: os grandes corredores e janelas, auditório, ginásio e piscina, fizeram desta escola uma referência incontornável. A requalificação, entre muitas outras intervenções, a piscina deu lugar aos balneários, a cantina foi relocalizada (passando a contar com um acesso próprio) e o ginásio e auditório foram recuperados. Destaque para a fachada principal em que se localizavam direção, anfiteatros, laboratórios, Museu de História Natural e espaços destinados aos serviços administrativos, implementando‐se perpendicularmente as quatro alas de salas de aula. O primeiro andar do tramo central da fachada principal passou a ser ocupada pela biblioteca. Foi classificado como Monumento de Interesse Público em 2011. (Atelier 15)

53 Museu Militar do Porto Porto Equipamentos Séc. XIX 1950-2000 - / Fernando Lanhas 1895 / 1980 Sáb 10h e 14h + Dom 10h, Alexandra Anjos (Museóloga) / Dom 16h, Arq. José Pedro Tenreiro Num edifício burguês do final do séc. XIX construído para residência familiar de D. Maria Coimbra, instala-se hoje o Museu Militar do Porto, num lugar que vestiu diferentes figurinos. Durante a Guerra Civil Espanhola foi morada de freiras espanholas para mais tarde ser adquirido pelo Estado Português e se transformar na sede da polícia secreta portuguesa (PIDE) no Porto, palco de interrogatórios, prisão e tortura, entre os anos 40 e a Revolução dos Cravos, em 1974. Paredes meias com o primeiro cemitério público do Porto, Prado do Repouso, após a ocupação da PIDE, em 1977, foi delegada a fundação do Museu Militar do Porto, inaugurado em março de 1980. A visita inclui o acesso ao edifício histórico e ao pavilhão de exposições, no jardim. (Inês Moreira e João Paulo Rapagão, OHP’18)

54 Colégio dos Salesianos Porto Equipamentos Séc. XIX 1900-1950 2000-Presente - / José Joaquim Mendes / - 1804 / 1903 / 2011 Dom, 1 por hora, visitas pelos estudantes do Colégio O edifício que se ergue sobre o maciço granítico da encosta ribeirinha do Douro não é apenas um marco na paisagem, mas também um testemunho da passagem do tempo e da transformação dos espaços. Da sua origem como Seminário Diocesano, passando pelo período de abandono e destruição durante o Cerco do Porto, até à sua reconstrução para acolher uma nova missão educativa, o edifício que alberga o Colégio dos Salesianos, continua a evoluir, numa dinâmica constante de ressignificação patrimonial e integração urbana, evidenciando uma relação singular com a topografia e a morfologia da cidade. A abertura deste espaço ao público no âmbito do Open House Porto permitirá uma reflexão sobre as dinâmicas de pção e reinterpretação do património edificado. A experiência proporcionada pela visita possibilitará uma leitura estratigráfica dos espaços, dos elementos materiais e das narrativas que o edifício encerra, promovendo um olhar crítico sobre a permanência e a mutação da arquitetura no contexto urbano contemporâneo. (Colégio dos Salesianos)

55 Cemitério Prado do Repouso Porto Equipamentos Séc. XIX 1839 Sáb 19h, Arq. Pedro Bandeira Que vida existe na cidade dos mortos? Vive sobretudo a memória dos que partem e aqueles que cuidam para a manter presente. Nas obras que lhes servem de morada, tantas vezes com uma qualidade arquitectónica e artística notáveis, estão muitas das histórias da cidade dos vivos: a riqueza e opulência de alguns dos seus habitantes perpetuadas nos jazigos de família, neogóticos e modernos, assim como a construção interrompida de uma monumental igreja que ligaria à rua de S. Vítor. Convidamos a visitar, de noite, o primeiro cemitério público do Porto, fundado em 1839, e descobrir um sítio onde se guardam memórias da cidade. (Paula Santos e Ivo Poças Martins, OHP’17)

58 M-odu (Antigo Matadouro do Porto) Porto Equipamentos 1900-1950 2000-Presente Eng. Monteiro de Andrade / Kengo Kuma e OODA 1910 / A decorrer Uso de equipamento de segurança obrigatório (fornecido pela organização) e obrigatória utilização de calçado fechado. Dom 14h, Arq. Inês Moreira / Dom 15h+16h, Arq. Miguel Rebelo, KKAA / Dom 16h30+17h30, Arq. João Styliano, OODA Uso de equipamento de segurança obrigatório (fornecido pela organização) e obrigatória utilização de calçado fechado. No século XIX, os matadouros municipais funcionavam como um instrumento fundamental para a salubridade do ambiente urbano e dos seus habitantes, pelo que se localizavam na periferia das cidades, geralmente em edifícios de grandes dimensões. O Antigo Matadouro Industrial do Porto cessou as suas funções nos anos 90 e esteve abandonado durante décadas, até ao início da sua reconversão e requalificação em 2022. Este projeto é uma das ações principais de dinamização da zona oriental da cidade, em articulação com outros projetos estruturantes, como o Terminal Intermodal de Campanhã, o Estádio do Dragão e a Praça da Corujeira, numa área de desenvolvimento prioritária para o atual executivo municipal. Em 2015, a Câmara Municipal do Porto recusou a venda deste património municipal, como defendia o anterior executivo, e iniciou o processo de definição de um projeto de intervenção para o Matadouro, sinalizando o potencial deste equipamento ao serviço da cidade. A obra que está a decorrer prevê a reconversão integral do complexo e a construção de edifícios novos, bem como 5500 m2 de espaços exteriores públicos e arborizados. Os 20.500.000 m2 de construção serão necessariamente dedicados a um programa multifuncional e polivalente, com oferta cultural, criativa, económica e social diversificadas. O município irá dispor de 8000 m2 para a criação de uma nova extensão da Galeria Municipal do Porto, um acervo e depósito de obras de arte, um espaço dedicado às práticas artísticas e comunitárias, ateliers municipais e um espaço educativo. Os restantes edifícios serão destinados a escritórios, espaços comerciais e espaços de restauração. Será ainda criada uma ponte pedonal e ciclável sobre a VCI, estabelecendo a ligação do Matadouro à estação de metro do Dragão. (Teresa Novais e Margarida Quintã, OHP’24)

60 Centro Interpretativo do Património da Afurada Vila Nova de Gaia Equipamentos 2000-Presente Atalier 15 2012 Dom 15h, Arqs. Alexandre Alves Costa, Sergio Fernandez e Miguel Ribeiro O Plano de Pormenor da Afurada (2001-2005), no âmbito do programa Polis, veio abrir caminho a uma série de transformações nesta zona piscatória. O Centro Interpretativo do Património da Afurada (2012), registo da memória daquele lugar, resulta da reconstrução de um conjunto de aprestos – barracões de madeira para armazenamento de material da pesca – e sua adaptação a espaço expositivo. Sugere-se que a visita seja complementada com o Lavadouro público (2003), estrutura provisória e local de convívio informal. *(Carlos Machado e Moura e Jorge Figueira, OHP'16)*

63 Espaço Corpus Christi Vila Nova de Gaia Equipamentos Séc. XVI-VXIII Padre Pantaleão da Rocha de Magalhães 1675 Sáb 20h+22h, Arqs. Carla Garrido e Maria José Casanova O Convento de Corpus Christi original de 1345 estava situado um pouco mais próximo do Rio Douro. Devido às cheias, foi erguido, no século XVII, um novo edifício a uma cota um pouco mais elevada. Dele destacamos a capela conventual de planta octogonal cuja traça é da autoria de Pantaleão Vieira, e o coro alto encomendado pela Prioresa Catarina, em 1680, ao Mestre de Carpintaria Domingos Lopes. O espaço é guarnecido de talha de qualidade, com desenhos vegetalistas e o teto, dividido por 49 caixotões, refere santos quer da Ordem Dominicana, quer de outras ordens, sendo os quinze painéis centrais alusivos à vida e morte de Jesus. O recente trabalho de restauro contribuiu para dar visibilidade a um dos tesouros mais bem guardados da cidade. *(Graça Correia e Joel Cleto, OHP’22)*

67 Quartel da Serra do Pilar Vila Nova de Gaia Equipamentos Séc. XVI-VXIII Frei Brás de Barros 1538 Sáb 10h30, 11h30 e 12h30 + Dom 10h30, Arqueólogo J.A.Gonçalves Guimarães* / Dom 11h30, Prof. Doutor Sérgio Veludo *Coordenador do Gabinete de História, Arqueologia e Património da Associação Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, EUP O Mosteiro da Serra do Pilar é hoje Quartel da Serra do Pilar do Exército Português. A sua vocação e ocupação defensiva é evidente devido à sua localização e, hoje também, à sua dimensão e representação histórica. Em 1809, recebe as tropas do Duque de Wellington que, desde a margem Sul, já sem a Ponte das Barcas desaparecida durante o conflito, preparam a derrota e retirada das tropas francesas, uma vitória celebrada no Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular. Mais tarde, em plena Guerra Civil Portuguesa, durante o Cerco do Porto de 1832-1833, assiste à vitória dos liberais e à fuga dos vencidos que incendeiam os armazéns de Vinho do Porto. Perdem-se 17.374 pipas de vinho e 533 de aguardente. D. Maria II reconhece a sua importância em 1835 e decreta a sua classificação como Praça de Guerra de 1.ª Classe. *(Inês Moreira e João Paulo Rapagão, OHP'18)*

69 Paços do Concelho V.N.G. Vila Nova de Gaia Equipamentos 1900-1950 2000-Presente Francisco Oliveira Ferreira / - 1916 / 2023 Dom 11h, Arq. José Pedro Tenreiro Este edifício romântico de acentuado ecletismo e decoração de cantarias é um exemplo representativo da obra de Oliveira Ferreira na qual a Clínica Heliântia constitui exceção, por integrar elementos já modernos. Edifício de gaveto, é composto por dois volumes simétricos unidos por um terceiro corpo central, com a escadaria e a grande varanda de representação. Convidamos os visitantes a conhecerem o interior dos Paços do Concelho e subirem ao Salão Nobre e à varanda. *(Carlos Machado e Moura e Jorge Figueira, OHP'16)*

70 Bombeiros Sapadores e Proteção Civil Vila Nova de Gaia Equipamentos 1950-2000 2000-Presente Arq. Castro / Município V.N.Gaia 1997 / 2017 1 por hora, Corpo de Bombeiros Sapadores O Quartel dos Bombeiros Sapadores e Proteção Civil de Vila Nova de Gaia trata-se de um conjunto edificado especificamente concebido para acolher as necessidades de uma instituição cuja fundação remonta ao ano de 1839, com a criação da Companhia de Incêndios de Vila Nova de Gaia. Os equipamentos que compõem este Quartel, desde o espaço para viaturas, à Central de Comando e Operações recentemente instalada, ou à Casa Escola, vocacionada para a formação contínua dos seus efetivos, dão resposta às especificidades de infraestrutura do atual Batalhão de Bombeiros. Aproveite esta oportunidade para conhecer todo este edificado e descubra o vasto conjunto de estruturas e equipamentos que possibilitam a atuação diária do Batalhão de Bombeiros Sapadores de Gaia em áreas de ação muito diversificadas.